impresnsa
Projeto preserva a memória da Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio nos seus 130 anos
Jornal da Capital

A Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio celebra seus 130 anos com uma iniciativa emblemática de preservação do patrimônio histórico. Está em curso a segunda etapa da restauração das fachadas internas do centenário prédio, projetado pelo arquiteto alemão Joseph Lutzenberger, em 1925.
Além das fachadas que serão recuperadas nos tons originais, será restaurado também o acervo da instituição composto de quatro mil itens entre fotografias, álbuns, negativos, livros, documentos quadros e pinturas que sofreram sérios danos com a enchente de 2024. Assim que as águas baixaram, foi realizada uma ampla força-tarefa voltada à salvaguarda do acervo. Agora, está em andamento a identificação do material, para uma posterior catalogação, digitalização e a criação de um Memorial e de uma reserva técnica, garantindo a conservação desse patrimônio histórico de grande relevância para Porto Alegre e a preservação da memória da fundação.
Todo o processo envolve uma equipe multidisciplinar em patrimônio, arte e conservação, constituída pelo Studio1 Arquitetura, sob a liderança do arquiteto Lucas Volpatto; pela museóloga Bárbara Hoch e pelas conservadoras-restauradoras Anice Jaroczinski e Diana Bulcão, responsáveis, respectivamente, pela recuperação dos quadros históricose do acervo de papeis.
História:
O prédio da Fundação, localizado na Rua da República, 801, em Porto Alegre, é um projeto do arquiteto alemão Joseph Seraph Lutzenberger a pedido da Arquidiocese de Porto Alegre com o objetivo de acolher famílias carentes. Em 1925 tem início o projeto, concluído em 1930. A edificação foi tombada no ano 2004 pelo Município de Porto Alegre por suas características arquitetônicas e por sua importância histórica na formação social do porto-alegrense.
Delicada restauração:
Ao longo dos anos, o prédio apresentou algumas questões estruturais que mereceram cuidados e restauração estruturais causados pelo afundamento do solo, que se agravou depois de 2016, quando a instituição passou a monitorar a situação com especialistas. Ainda restam rachaduras e trincas, além de danos no reboco feito no início dos anos 2000, como partes quebradas e soltas que deixaram a alvenaria exposta, principalmente nos frisos e cimalhas. “Está sendo realizado um minucioso trabalho, guiado por uma ampla pesquisa histórica, para garantir a conservação desse patrimônio tão valioso para a capital”, explica Volpatto.
Leia a matéria completa no Link abaixo.
(Foto: Studio1 Arquitetura / Divulgação)